
6 estatísticas que mostram o novo comportamento do consumidor na pandemia
Desde março de 2020, o Brasil e o mundo se depararam com um cenário totalmente desconhecido.
Uma doença atravessou a rotina da população e fez com que comércios, bares, escritórios e atrações turísticas fechassem para evitar o colapso na saúde.
Um ano depois, a sociedade ainda processa todos esses efeitos, mas uma evidência é certa: o comportamento do consumidor na pandemia mudou e (muito!)
Neste artigo, reunimos o resumo de três importantes pesquisas desenvolvidas por entidades como Fecomércio SP e Consultoria EY Parthenon em parceria com a Veja Insights e mostramos as tendências que deverão se manifestar com mais impacto daqui para frente.
O que sabemos até agora sobre o comportamento do consumidor na pandemia?
A vida das pessoas e das empresas de todos os setores sofreu uma grande transformação em 2020.
Algumas tendências que já se manifestavam foram aceleradas, como a digitalização dos negócios – e outras começaram a ser construídas ao longo do isolamento social, como a valorização do comércio de bairro e a busca por mais conforto dentro de casa.
Veja abaixo alguns dos principais fatos sobre o comportamento do consumidor na pandemia
1. Conforto em casa

Nunca se passou tanto tempo em casa.
Enquanto antes as pessoas dedicavam boa parte do dia às atividades externas como trabalho e vida social, agora não só adotam o home office, como priorizam encontros caseiros com amigos e familiares.
Outra tendência é a prática de exercícios com acompanhamento profissional por meio de lives.
Conforme a Consultoria EY Parthenon, durante a pandemia, 69% dos brasileiros passaram a cozinhar mais em casa e 50% reduziram a contratação de apoio para realizar tarefas domésticas.
Não por acaso, segundo números da Consultoria GfK, a procura por equipamentos de ginástica cresceu 500%; de eletroportáteis (com destaque para o aspirador de pó robô), 800% e os kits para churrasco, 200%.
Nos EUA, por exemplo, as vendas de jaquetas caíram 33% e as de pijamas subiram exponencialmente: 143%.
2. Home office e viagens de negócio
O trabalho remoto foi uma das mudanças mais expressivas desde que a pandemia começou e tudo indica que ele veio para ficar.
Tanto é verdade que uma pesquisa da Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (Fipe) indica que 80% dos gestores das empresas brasileiras aprovam o regime de teletrabalho.
Nesse cenário, outro conceito também vem ganhando espaço: o anywhere office. Trata-se de um modelo de trabalho que permite que as pessoas façam suas tarefas em qualquer lugar, como no home office, no escritório ou no coworking.
A Fecomércio SP também acredita que quando a situação normalizar, boa parte das atividades continue sendo realizada remotamente, ajudando as empresas a reduzir custos.
As viagens de negócio também foram afetadas e a projeção é que as empresas repensem mais sobre a necessidade de enviar um funcionário para participar de reuniões em outras cidades ou estados.
Além da economia com passagens e diárias, a tendência é que a gestão comece considerar o tempo de deslocamento, que poderá passar a ser utilizado para outras atividades.
3. E-commerce veio para ficar

Como consequência do fechamento das lojas físicas por determinado período de 2020, as pessoas passaram a adotar as compras online.
Conforme a pesquisa da EY Parthenon, divulgada pela revista Veja em setembro de 2020, 62% dos brasileiros estão visitando menos as lojas físicas e 32% aumentaram as compras online.
Esses números também indicam uma tendência que já estava em curso, mas foi acelerada com a pandemia: a digitalização do comportamento do consumidor.
Nesse contexto, até mesmo a forma de pagamento mudou.
43% dos consumidores afirmam que irão mudar a forma como fazem pagamentos e 46% pretendem reduzir o uso de dinheiro vivo .
Enquanto isso, 59% dos brasileiros pretendem aumentar a frequência de transações bancárias on-line. Todos esses dados colaboram para as empresas, independente do porte, marcarem cada vez mais a presença no digital.
Veja também: Operação Omnichannel: O que é e Por Que Ficar de Olho Nessa Tendência
4. Aplicativos e comércio de bairro
As restrições de locomoção favoreceram os serviços de entrega ao longo da pandemia.
Conforme a pesquisa elaborada pela Fecomércio SP, a busca por aplicativos que ajudem o consumidor a receber os produtos desejados em casa é um comportamento que deve permanecer por conta da comodidade.
Já quando o delivery não for uma opção viável, a tendência é que os consumidores acabem optando pelo comércio de bairro, setor muito beneficiado e que foi protagonista, inclusive, de campanhas de valorização ao comércio local espalhadas pelo país.
5. Cursos online e escolas

O isolamento social estimulou muitas pessoas a fazer cursos online e, nesse mesmo compasso, fez as instituições de ensino perceberem a importância de investir neste tipo de tecnologia.
Com a necessidade de constante aperfeiçoamento exigida pelo mercado de trabalho e a demanda crescente, é bastante provável, segundo a Fecomércio SP, que os cursos online caiam cada vez mais no gosto dos consumidores e que as faculdades estejam mais preparadas para ofertar esse tipo de serviço.
É hora de repensar o consumidor
A pandemia trouxe muita insegurança, mas também muita reflexão sobre as atitudes dos consumidores.
73% das pessoas entrevistadas informaram que este tem sido um momento de repensar o que é importante e replanejar o futuro.
Nesse contexto, conforme a EY Parthenon, 68% dizem que pretendem reduzir o volume de gastos em itens não-essenciais e 70% afirmam que devem prestar mais atenção aos impactos ambientais e sociais dos produtos que adquirem.
E não para por aí.
Um índice semelhante – 66% – afirma que vai prestar mais atenção às necessidades da comunidade em que vive e confirma que mesmo em meio a tantas incertezas, é possível, sim, ser um pouco mais otimista sobre o que nos aguarda.
E você? Quais foram as mudanças de comportamento que adotou durante a pandemia?
Para os empreendedores de plantão: como o seu negócio foi afetado pelo novo comportamento do consumidor na pandemia?
Como você enxerga essas tendências? Será que vieram pra ficar?
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