Jornalista: O que faz, Salários e Áreas de atuação
O jornalista é uma profissão indispensável na nossa sociedade.
Ele tem papel fiscalizador do poder público, consegue gerar conexões entre pessoas, oferece conhecimento de mundo, é responsável por te manter informado sobre o seu time do coração e muito mais.
Se você é estudante e pensa em seguir carreira na Comunicação, que tal conhecer um pouco mais sobre a rotina dos jornalistas?
Descubra neste artigo quanto ganha um jornalista, qual a importância desse profissional, as diferenças entre repórteres e jornalistas e, claro, onde estão as oportunidades do mercado.
Separamos também alguns perfis de jornalistas que podem te inspirar. Faça a leitura e fique por dentro dessa carreira!
Afinal, o que faz um jornalista?
O jornalista é o profissional que atua nos mais diversos meios de comunicação com o objetivo de produzir reportagens e produtos noticiosos (como telejornais, podcasts, vídeos, programas de rádio, programas de debate etc).
A atuação de um jornalista é bastante ampla. Ele pode trabalhar em diversas etapas do ciclo de produção jornalístico. Veja a seguir:
Apuração de informações
São os jornalistas que atuam nos bastidores checando fatos, falando com fontes e captando dados e informações importantes para a construção de reportagens e produtos de notícias.
Produção de reportagens
Aqui entram os profissionais que divulgam os fatos. Eles pegam as informações colhidas nos bastidores, fazem entrevistas e constroem suas reportagens.
Apresentação
Neste grupo encontram-se as “caras do jornalismo”. São os apresentadores de notícias, que podem ser âncoras de telejornal ou a pessoa na frente das câmeras em um canal na internet, por exemplo.
Direção jornalística
Por fim, temos os jornalistas que adotam funções mais executivas, como editores-chefes, chefes de reportagens e diretores de jornalismo.
Geralmente, eles ficam responsáveis por administrar a equipe de jornalistas e outros profissionais que trabalham para um veículo de comunicação ou um produto jornalístico específico (como o telejornal da manhã ou o caderno de esportes de um jornal impresso).
Atuação fora da imprensa
Por fim, vale destacar o que faz o jornalista que não atua em veículos como UOL, TV Globo, Folha de São Paulo dentre outros.
Aqui entram os profissionais que estão presentes em outras esferas da comunicação, como a assessoria de imprensa, os setores de comunicação dentro de empresas, na literatura (muitos jornalistas são escritores) e no marketing.
Qual a importância do jornalismo na sociedade atual?
Em primeiro lugar, devemos destacar a capacidade dos jornalistas em disseminar a informação e espalhar conhecimento pelos diversos canais de comunicação.
O jornalista funciona como uma fonte de informações, e tem como premissa básica de sua profissão informar os fatos e oferecer conhecimento à população.
Por falar em conhecimento, vamos ao segundo papel do jornalismo na sociedade: checar e combater fake news.
Infelizmente existem muitas pessoas que se aproveitam da facilidade de compartilhamento de informações para espalhar mentiras por aí.
Elas vão desde coisas bobas, como invasões extraterrestres, até assuntos muito sérios, como política e economia.
O jornalismo do século 21 ganhou essa função social de combater a desinformação e ajudar a sociedade a pautar seus debates em cima dos fatos.
Há também dentro do jornalismo o chamado poder fiscalizador.
A abrangência das notícias e o poder dos canais de comunicação fazem com que o jornalismo também possa atuar como uma fiscal do poder público.
Todas aquelas matérias que falam sobre corrupção, abusos de autoridade ou que expõe algum erro da administração política estão, na verdade, contribuindo com informações para que o povo consiga fiscalizar as pessoas eleitas por ele.
Resumindo: o papel social do jornalismo é importantíssimo, pois a abrangência de sua profissão permite que ele seja um elemento informativo, capaz de contribuir para a educação de um povo e na construção do seu senso político.
Qual a diferença de jornalista para repórter?
Para muitas pessoas, jornalista e repórter podem ser sinônimos, assim como notícia e reportagem. Nós vamos esclarecer direitinho as diferenças a partir de agora.
Primeiro vamos falar o que é notícia e o que é reportagem.
Notícia é o fato, então, se o Brasil acaba de ser hexacampeão mundial, temos uma notícia.
Já a reportagem é o produto jornalístico que pode ser feito com base em uma notícia.
Do fato (Brasil hexacampeão) podemos construir reportagens para TV, jornal impresso, portais de internet e rádio, por exemplo.
Além das simples reportagens, as notícias podem virar livros, filmes, grandes reportagens, documentários, etc.
Bom, agora que você entendeu que a reportagem é um produto feito com base em uma notícia, fica evidente que o repórter é o profissional formado em jornalismo que trabalha produzindo reportagens.
Importante: Nem todo jornalista é repórter.
Existem muitos que trabalham na edição, na apuração dos fatos, na apresentação de um produto jornalístico ou até mesmo em cargos executivos, como na chefia de uma equipe de repórteres.
Agora que você já entendeu a diferença entre jornalista e repórter, vamos apresentar para você onde um jornalista pode trabalhar, quais cargos eles podem ocupar e em quais tipos de empresa.
Veja também: Como ser repórter: Dicas, Salário e Áreas de atuação
Onde um jornalista pode trabalhar?
O campo de atuação do jornalismo é bem amplo.
Isso acontece porque a profissão qualifica para diversos cargos e também porque existem diversas empresas que trabalham com jornalismo em seus mais diversos canais de divulgação.
Veja a seguir em quais desses meios de comunicação um jornalista pode trabalhar:
Jornal impresso
Apesar da baixa na sua popularidade, o jornal impresso segue vivo. Grandes empresas — como os grupos Estadão, Folha e Globo — seguem produzindo seus jornais de papel junto com uma forte atuação nos meios digitais e na podosfera (a indústria de podcasts, que não para de crescer).
Jornalismo digital
O jornalismo digital é o mercado que mais ganha destaque. Apesar da grande audiência das emissoras de TV, veículos digitais estão em pleno crescimento.
O profissional que desejar seguir na internet encontra oportunidades em grandes portais de notícias e também em veículos segmentados em diversas editorias, como política, educação, esportes e cultura.
Rádio
Não se engane, o rádio não morreu. Milhões de pessoas em todo o Brasil seguem se informando pelas ondas AM e FM. Existem grandes grupos jornalísticos que investem no meio radiofônico, dentre eles Globo, Jovem Pan e Folha de São Paulo.
Além das rádios tradicionais, jornalistas amantes do rádio podem seguir carreiras em webrádios.
Emissoras de TV
Se o seu sonho é aparecer nas telinhas, saiba que o jornalismo pode ser um caminho. Muitos alunos do curso se dedicam à essa carreira, que é concorrida, mas oferece muita visibilidade e bons salários.
Assessoria de Imprensa
O Assessor de Imprensa é o jornalista que trabalha do “outro lado do balcão”. Isso significa que, em vez de trabalhar apurando notícias, o assessor passa informações de seus clientes para a imprensa.
Quando o trabalho é com algum famoso, o assessor pode se encarregar de tarefas como organizar entrevistas coletivas, participação em reportagens e em programas de televisão e da internet.
Contudo, quando o assessor trabalha com órgãos públicos e empresas, sua função é promover a instituição junto aos veículos de comunicação.
Comunicação Institucional
Nem todo graduado em jornalismo precisa atuar na imprensa.
Existem oportunidades dentro dos setores empresariais de comunicação. Neste caso, o trabalho do profissional pode variar bastante.
As tarefas vão desde atividades de assessoria até a administração dos canais de comunicação que a empresa usa internamente.
Agência de Comunicação e Marketing
Nas agências, os jornalistas podem trabalhar dentro de setores de comunicação empresarial, mas de forma terceirizada.
O outro caminho é seguir a carreira trabalhando com marketing, onde o jornalista pode executar muito bem a função de redator.
Quanto ganha um jornalista?
Responder quanto ganha um jornalista é um desafio. Afinal, um jornalista ganha de R$ 1.5 mil a R$ 100 mil (ou mais).
Isso acontece porque a diversidade de oportunidades faz com que a faixa salarial seja bem ampla.
Em início de carreira, um jornalista pode ganhar em torno de R$1.500 mil, se trabalhar para pequenos veículos de comunicação ou empresas menores.
Contudo, em empresas maiores e grandes grupos de mídia o salário costuma ser mais convidativo.
Vale destacar que a exposição midiática desses profissionais podem elevar o salário a grandes patamares.
Jornalistas que atuam como âncoras em telejornais de grande audiência ganham salários superiores a R$100 mil.
A carreira de assessoria de imprensa e comunicação empresarial, quando feita dentro de grandes empresas, oferece bons salários, que giram entre R$7 mil e R$15 mil.
7 perfis de jornalistas para você conhecer (e se inspirar)
Agora que você já sabe quanto ganha um jornalista e onde ele pode trabalhar, que tal conhecer alguns profissionais para se inspirar?
Confira alguns perfis interessantes que você pode acompanhar.
1. Eliane Brum
A gaúcha Eliane Brum é uma das jornalistas mais premiadas do Brasil.
Ela atua como colunista e já escreveu oito livros.
Suas reportagens já foram publicadas nos Estados Unidos e Reino Unido e traduzidas para diversos idiomas.
Há mais de 25 anos, Eliane dedica boa parte de sua carreira a cobrir acontecimentos relacionados à preservação da Amazônia e os crimes ambientais.
2. William Bonner
Um dos rostos mais famosos do jornalismo brasileiro, William Bonner é âncora e editor-chefe do Jornal Nacional, o maior telejornal do Brasil, transmitido pela Rede Globo.
O jornalista está a frente da bancada do JN há 26 anos e durante esse longo período, Bonner já conquistou diversos prêmios.
3. Poliana Abritta
A jornalista que apresenta o Fantástico ao lado de Maju Coutinho começou sua carreira na filial brasiliense da Rede Globo.
Ela comandou o jornal local, já foi apresentadora do Jornal Hoje e Jornal da Globo e também atuou como correspondente internacional nos EUA.
4. Tadeu Schmidt
Tadeu Schmidt ganhou destaque em sua carreira cobrindo eventos esportivos.
Ele já viajou para diversos países e participou de coberturas de Copas do Mundo e Jogos Olímpicos.
Depois de atuar como repórter, Tadeu ficou responsável pela apresentação do quadro esportivo do Fantástico. Alguns anos depois, ele assumiu o comando da atração ao lado de Poliana Abritta. Neste ano, Schmidt deixou a atração dominical para comandar o Big Brother Brasil.
Uma curiosidade sobre o jornalista: Ele é irmão de Oscar Schmidt, maior jogador de basquete da história brasileira, e tio de Bruno Schmidt, atleta do vôlei de praia e medalhista de ouro na Rio-2016.
5. Miriam Leitão
A experiente jornalista Miriam Leitão faz a cobertura dos fatos políticos do Governo Federal e da economia nacional há anos.
Ela atua no canal de notícias Globo News e também em veículos impressos, como o jornal O Globo.
Em sua carreira, ela já passou pelo Estado de São Paulo, Rádio CBN, Valor Econômico, Veja e Jornal do Brasil.
6. Juca Kfouri
Um dos mais respeitados jornalistas esportivos do Brasil, Juca Kfouri já foi editor-chefe da antiga revista Placar e é colunista da Folha de S.Paulo e do portal UOL.
Juca já cobriu Copas do Mundo, Olimpíadas e diversos eventos esportivos, especialmente do seu time do coração, o Corinthians.
7. Sebastião Salgado
Apesar de não ser formado em jornalismo e nem atuar em veículos de mídia, Sebastião Salgado pode sim ser considerado um jornalista.
Sua obra fotográfica faz retratos da nossa sociedade que são verdadeiros relatos visuais do Brasil, sendo considerado uma das maiores referências do fotojornalismo na história.
Ao longo de sua carreira, Sebastião Salgado ganhou diversos prêmios mundo afora, sendo que suas obras mais conhecidas são a série fotográfica sobre o garimpo da Serra Pelada (PA) e a série Êxodos, onde expôs a vida difícil de pessoas abaladas pela guerra e pela miséria ao redor do planeta.
Compromisso com a verdade
Se você pensa em seguir carreira no jornalismo, saiba que muitas oportunidades lhe esperam.
Uma das vantagens dessa formação é justamente a amplitude de mercado, além da possibilidade de ganhos bem elevados quando a carreira é construída em grandes veículos.
Contudo, as melhores oportunidades sempre exigem os melhores profissionais, por isso, sua formação deve ser de qualidade e equilibrar os conceitos teóricos da profissão com a prática.
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