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20 Maiores Fusões e Aquisições Empresariais de 2020

Que 2020 não foi um ano fácil, não é novidade para ninguém.

Mas, o que pode surpreender muita gente é saber que, mesmo tão atípico, foi também um ano marcado pelas maiores aquisições empresariais e fusões (M&A, da sigla, em inglês) dos últimos 5 anos anos.

Segundo dados compilados pela Bloomberg, empresas do mundo todo anunciaram mais de 760 bilhões de dólares em aquisições no quarto trimestre do ano passado, além de 2.496 transações globais só nas duas últimas semanas do ano.

É o maior registro de aquisições e transações empresariais nesse período desde 2016.

Foi um ano de grandes movimentações, não só lá fora, mas também no Brasil. 

Segundo dados da empresa de consultoria e auditoria PwC, 2020 marcou um recorde histórico em transações no país. 

No período de janeiro a novembro, foram registradas 909 transações, o que representa um aumento de 14% em comparação com o mesmo período de 2019.

E mais: 

Se comparada com a média dos últimos cinco anos, o aumento foi de 42% de acordos fechados. 

Mas, afinal, quais são essas empresas que estão liderando essas operações?

Acompanhe neste artigo o ranking das 20 empresas e grupos que se destacaram no mercado de M&A em 2020, no Brasil e no mundo.

20 maiores fusões e aquisições empresariais em 2020

1. S&P Global e IHS Markit

A empresa americana S&P Global anunciou a compra da britânica IHS Markit por 39 bilhões de dólares, o que marca a presença de uma grande força competitiva no acirrado mercado financeiro.

Até 30 de novembro, data do anúncio da compra, a IHS possuía um valor de mercado de US$36,88 bilhões e as negociações envolveram ações de US$44 bilhões.

É realmente um encontro de gigantes!

Tendo a aprovação dos reguladores antitruste, a concretização da transação está prevista para acontecer no segundo semestre de 2021.

2. AMD 

Outro acordo bilionário foi a compra da empresa Xilinx, especializada na produção de chips semicondutores para dispositivos wireless, pela Advanced Micro Devices, AMD, ambas norte-americanas.

Anunciada em outubro, a compra aconteceu pelo valor de 35 bilhões de dólares.

Um dos principais clientes da empresa adquirida é a chinesa Huwai, que representa 8% do faturamento da empresa, embora o valor não tenha sido revelado.

3. AON e Willis Towers Watson

No ramo de corretagem de seguros, o destaque vai para empresas da terra da Rainha.

A AON comprou a também britânica Willis Towers Watson por 30 bilhões de dólares, em março do ano passado.

A aquisição transformou a AON em uma empresa com valor de mercado de 76 bilhões de dólares, além de representar a maior aquisição do tipo para o setor.

Leia também: Ser ou Não Ser Empreendedor? 14 Vantagens e Desvantagens

4. Salesforce e Slack Technologies 

A área de tecnologia, que já vinha em um grande crescimento nos últimos anos, deu um salto ainda maior com a chegada da pandemia. 

Afinal, todo mundo precisou se reinventar para seguir a vida e a tecnologia foi uma grande aliada nesse momento, tanto para pessoas comuns, quanto para as grandes corporações. 

E, sabendo disso, a Salesforce deu um passo à diante desembolsando 27,7 bilhões de dólares na compra da Slack Technologies.

Com essa nova aquisição, a empresa desenvolvedora de tecnologia para empresas pretende tornar a ferramenta empresarial Slack a nova interface para sua plataforma Customer 360.

A estratégia da aquisição tem como foco ainda utilizar o suporte da Slack como meio de competir com o produto Teams, da Microsoft.

5. CK Hutchison e Cellnex

Vamos agora para a área de telecomunicações, a qual rendeu outra grande operação nesse mercado de M&A em 2020.

Estamos falando da venda de torres sem fio da CK Hutchison, pertencente ao bilionário Li Ka-shing, para a Cellnex, operadora espanhola, sediada em Barcelona, por 10 bilhões de euros.

A negociação das torres, que ficam na Europa, foi um acordo positivo para as duas empresas:

Para a CK Hutchison, que tem sede em Hong-Kong, um meio de diminuir dívidas e investir em atualizações da rede 5G. 

Para a Cellnex, a oportunidade de aumentar sua rede de alcance pelo continente europeu.

6. Just Eat e GrubHub

Essa é para quem gosta de “rinha de empresas”.

Há algum tempo, a Uber tinha intenção de adquirir a GrubHub, uma plataforma americana de entrega de comidas semelhante ao Uber Eats.

Porém, antes da compra acontecer, a Just Eat passou na frente “abocanhou” a tão desejada empresa.

Para levar a melhor, a Just Eat pagou um valor de 7,3 bilhões de dólares em junho do ano passado e atualmente é a maior companhia de delivery de alimentos do mundo, presente em 13 países.

7. Uber e Postmates

Fusões empresariais

E “quem não tem cão, caça com gato”

Apesar de ter perdido a GrubHub para a Just Eat, a Uber não deixou de fazer sua aquisição em 2020.

O anúncio da compra da Postmates, também empresa de entrega de refeições, aconteceu em julho de 2020 e o acordo envolveu o pagamento de 2,6 bilhões de dólares pelas ações da empresa comprada.

Com a aquisição, as empresas formam, agora, a segunda maior plataforma de entregas dos dos Estados Unidos, perdendo apenas para a DoorDash.

8. Hyundai e Boston Dynamics

A Hyundai também marcou presença no mercado de M&A em 2020. A montadora sul-coreana anunciou a compra de 80% da norte-americana Boston Dynamics em dezembro do ano passado.

A aquisição, no valor de 1,1 bilhão de dólares, tem como objetivo automatizar as fábricas da Hyundai, visando o desenvolvimento de carros automáticos, robôs e drones.

9. Hypera e Takeda Pharmaceutical

E pisando em território nacional, o setor farmacêutico também ajudou a movimentar esse mercado. 

Por um valor de 825 milhões de dólares, a brasileira Hypera Pharma adquiriu 18 medicamentos da japonesa Takeda Pharmaceutical.

Neosaldina e Dramin são algumas das marcas embolsadas nesse portfólio e, com elas, a Hypera se torna a maior empresa brasileira no ramo farmacêutico.

10. Localiza e Unidas

Localiza e Unidas

E agora falando em dinheiro nacional, o real também circulou nesse ano de tantas transações empresariais.

Começando pela fusão entre empresas de locação de carros, a Localiza e a Unidas incorporaram suas ações por meio da Localiza e agora possuem um valor de mercado de 50,5 bilhões de reais.

O anúncio foi feito em setembro e, agora, uma frota de 491.000 veículos à sua disposição.

E mais: 

As empresas também anunciaram novidades com a força de inovação que terão, como o aluguel de carros por longo prazo e serviço voltado a motoristas de aplicativo.

11. Ânima Educação e Grupo Laureate

O setor de educação foi representado no mercado de M&A pela Ânima Educação que pagou 4,4 bilhões de reais na aquisição do Grupo Laureate.

O acordo fechado em outubro contempla o pagamento de 3,78 bilhões em dinheiro e o restante será através de dívida assumida pela compradora.

Com essa compra, a Ânima se torna o quinto maior grupo de ensino superior no Brasil.

12. OLX e Grupo Zap

Com um valor aproximado de 2,9 bilhões de reais, o Grupo Zap foi comprado pela OLX Brasil. 

Com a aquisição, a plataforma de vendas de itens novos e usados passa a ter como principal categoria os imóveis, oferecendo um leque mais diverso de opções para clientes, como também um público maior para anunciantes em potencial.

13. Dasa e Leforte

Após a compra da Leforte, pela Dasa, por R$ 1,77 bilhões, as ações do grupo tiveram uma alta de 45% no início de dezembro de 2020.

A aquisição da Dasa representa um fortalecimento na entrada no setor de hospitais, bem como a categoriza como uma das maiores redes de hospitais no país, com 12 unidades atualmente.

14. Magalu

Buscando ampliar seu ecossistema de negócios, a Magazine Luiza realizou nove aquisições em 2020.

Incorporando mais serviços ao seu super aplicativo, o Magalu pretende se tornar mais que uma rede varejista, oferecendo até mesmo delivery de refeições, mirando em novos concorrentes, como a Amazon e o Rappi.

Para isso, dentre as aquisições do ano passado, estão as áreas de logística, marketing, meios de pagamentos e entrega de refeições, ampliando sua rede de vendas em lojas físicas, market place e vendas on-line.

Veja algumas das compras:

  • AiQFome, plataforma de delivery de refeições, por 700 milhões de reais.
  • Hubsales, plataforma de vendas da indústria para o consumidor, na qual o Magalu ganhará porcentagem de vendas.
  • Empresa Canaltech e plataforma Inloco Media, que irão fornecer recursos e ferramentas de marketing para a empresa.
  • Fintech Hub, empresa de soluções financeiras, por 290 milhões de reais.

15. Arezzo

No mercado da moda, a Arezzo dá seus passos em direção a se tornar um conglomerado de empresas de referência nacional.

Em um acordo de 715 milhões de reais, a empresa comprou a marca Reserva, além da aquisição da Troc.com.br, startup de compra e venda de peças de roupas usadas.

A operação é a primeira ação do fundo de investimentos do grupo Arezzo&Co, que tem como objetivo buscar novas startups e ampliar sua atuação em diversas frentes de inovação e tecnologia.

16. Locaweb

Já a locaweb, na falta de um, fez logo cinco aquisições em 2020, sendo elas:

  • Social Miner, especializada em inteligência artificial e big data, por 22 milhões de reais.
  • Etus, startup especializada em gestão e marketing digital, por 18,9 milhões de reais.
  • Vindi, empresa de software e gestão de pagamentos recorrentes, por 180 milhões de reais.
  • Ideris, também startup que opera com tecnologia de integração multicanal, por 18,3 milhões de reais.
  • Melhor Envio, plataforma de logística, por 83 milhões de reais.

No total, foram gastos R$ 322,2 milhões para a realização de todas essas aquisições.

17. Grupo Soma

Também no setor de moda, o Grupo Soma, um dos concorrentes da Arezzo, foi às compras em outubro e gastou 210 milhões na compra da marca NV.

Segundo o presidente da Soma, Roberto Jatahy, as aquisições não irão parar.

O grupo está em processo de negociação para a compra de uma marca de moda feminina com preços intermediários entre a Farm e a Animale, suas principais marcas, bem como uma grife destinada ao setor fitness.

18. Azul e TwoFlex

novas fusões empresariais

E se essas operações de M&A tem como objetivo fazer com que as empresas “decolem”, a Azul está na rota certa!

Em janeiro de 2020, a empresa anunciou a compra da TwoFlex, empresa de táxi aéreo, de serviço regular de passageiros e cargas, sediada em Jundiaí, interior de São Paulo.

O acordo foi fechado em 123 milhões de reais e a conclusão do processo se deu em maio.

A negociação também foi vantajosa com a chegada da pandemia, a qual impôs limitações ao tráfego aéreo, dispondo de frota de menor quantidade de passageiros.

19. Petlove e Dog Hero

No mundo dos pets, o destaque vai para fusão das startups Petlove, voltada ao e-commerce, e Dog Hero, prestadora de serviços.

Com a junção das duas empresas, a expectativa é de geração de renda em mais de 100 milhões de reais, atendendo, juntas, 6,4 milhões de clientes.

20. Grupo Notredame Intermédica

Outro Grupo que também fez várias aquisições em 2020 foi a Notredame Intermédica.

No total, foram 12 aquisições, algumas delas que começaram suas negociações em 2019, mas que foram concretizadas apenas em 2020.

No último trimestre do ano passado, o Grupo teve 2,7 bilhões de receita, o que representou um aumento de 24,1%, em comparação com o mesmo período do ano passado.

O lucro também foi positivo. No mesmo trimestre, correspondeu a 197 milhões de reais, aumento de 97% em relação ao mesmo período de 2019.

A expectativa do grupo é aproveitar o momento de faturamento, em razão da alta adesão pelo plano de saúde, para expandir seus negócios

É negociação que não acaba mais!

E a expectativa de transações para esse mercado é ainda maior em 2021.

Com a chegada das (tão esperadas) vacinas e o início da imunização da população, projeta-se a volta à normalidade das atividades econômicas e, com isso, uma maior estabilidade financeira para as empresas.

Ainda segundo analistas, os setores de saúde, varejo eletrônico, tecnologia, educação e agronegócio, que se destacaram nesse mercado em 2020, continuarão na frente em 2021.

O banco Goldman Sachs prevê ainda que companhias com cheque em branco podem gerar até 300 bilhões de dólares nesses tipos de operações dentro dos próximos dois anos.

É uma estratégia promissora para a retomada das atividades neste ano!

E se acompanha o mercado de fusões e aquisições empresariais, comente aqui abaixo quais empresas ou grupos você aposta que se darão bem em 2021.

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